Existem dois tipos de distância: a distância entre corpos,
comumente conhecida, e a distância entre almas, sempre presente, entretanto
pouco admitida. Sem dúvidas, a que separa fluídos interiores é bem mais
complexa e difícil, porém hoje escrevo-me somente na saudade real, palpável, desejando
apenas capacidade de caminhar muito e rapidamente para encontrar meu corpo
entre abraços de quem tenho longe.
Hoje, calo-me no chorar do tardar da noite, enquanto todos silenciam
e os soluços abafados parecem ecoar. Hoje, falo só do sussurrar de uma voz
conhecida que falta, fazendo puxar pro vácuo o resto que ocupa espaço mas
difere nada.
Não estou num monólogo sobre carência, mas num diálogo entre
mim e eu sobre aquilo que me tem sem me ter, entre tanta estrada que corrompe
espaço de uma alma preenchida, presente do ausente.
Hoje, termino-me em alguém, alguéns, nos próximos distantes,
no meu eu que só consegue se ser quando está perto de quem realmente é matéria.
Termino-me em quem em partes me é e por isso me faz.
É leitura para gente grande. Parabéns, Cat. Sempre surpreendendo.
ResponderExcluirBeijo.
Te amo!
ResponderExcluirIlana.
Coisa mais linda do mundo, você.
ResponderExcluirTexto belo, sem palavras!!
ResponderExcluirCat, isso me deu aflição... Tô com um nó na garganta.
ResponderExcluirNão vejo a hora de te abraçar.
Um beijo da tua tia Jesus.