sexta-feira, 20 de julho de 2012

Tristeza Parafraseada De Um Escritor


Engraçado como as palavras travam no amanhecer da felicidade. À medida em que o sol da alegria levanta na janela da nossa vida, os parágrafos somem. As letras se jogam das pontes, derretendo no infinito, enchendo de poesia o nada.

Pouca gente entende. Escritor sempre tem dessas de inventar tristeza, mesmo onde não há. Exagerar o mundo, converter formiga em elefante. Lágrimas são textos prontos – não precisam fazer coisa alguma além de cair. E nesse cair já existe o tudo.

O maior alvoroço do mundo cabe no ecoar de um sorriso. E então cala. O seu corpo ri e sua boca paralisa. Alegria é sempre sentimento, nunca palavra. Tristeza que diz. Tristeza que tem mãos cansadas. Por isso, aqui falo somente da alma de quem escreve, pois é necessitada do vazio, mesmo inventado, para fazer existir. É preciso de silêncio para poder gritar no papel.

No meu encontrar da felicidade, desisto. Estou perdida na diluição de letras enquanto, eufórica, minha alma grita por pieguice barata. Agora, sou só líquido cru com sentimento derretido. Assim, findo no silêncio. Felicidade líquida só é bom pra quem toma, e no momento o meu riso me impede de escrever.

Um comentário:

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