quinta-feira, 5 de julho de 2012

De presente, o presente


Sigo com a ideia fixa de que a vida se derrete no relógio corrido marcando a hora certa. Não me apetece quem vive além ou aquém, em sonhos ou fotografias. Viver o adormecer ou o tédio de um domingo comum me parece bem mais coerente do que sofrer doses de nostalgia num recordar atordoado de algo caído no infinito da vida.

Reviver é bom, querer é necessário, porém prender-se em algum dos extremos de um cabo de guerra é como pedir para a pessoa do outro lado soltar e, neste momento, seus ossos se quebrarem no chão. Bom mesmo é permanecer de fora, largar a corda e correr de braços abertos buscando as horas que escorrem em você. Bom mesmo é se presentear do presente.

É no agora que a gente se faz, se vive e pode se ser. No antes, fomos. Como bons humanos mutantes, modificamos. No próximo, seremos. Não sabemos.  Os móveis quebraram, as paredes sujaram e tudo apenas consertará se a atitude nascer. Por isso, faço-me viver no tempo que grita e diz: deixa ser, deixa suceder.

2 comentários:

  1. Muito bom, adorei aqui. Gosto dessa coisa do "deixa ser", "deixe estar". Tô seguindo.
    Beijo.

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  2. "É no agora que a gente se faz, se vive e pode se ser." Lindo!

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